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As eleições ferveram os ânimos do país. O Brasil está se segurando na cadeira esperando o resultado das eleições e com esperança sobre o que poderá acontecer. Mas para que uma eleição tenha sucesso, é preciso que o eleitor confie no seu sistema. Você confia nas urnas eletrônicas?

Nós sabemos que existe uma série de dúvidas e desconfianças, não apenas sobre as urnas eletrônicas, mas sobre toda a estrutura que envolve a segurança das eleições. Para garantir um voto informado sobre o assunto, hoje nós vamos explicar como elas funcionam e quais são as maneiras de evitar uma fraude.

Sem partidos, sem posicionamentos, apenas a informação. O nosso intuito é mostrar qual é a ideia por trás das urnas eletrônicas e dar a você informações e ferramentas úteis. Assim você poderá sair de casa no dia 07 e exercer o seu direito ao voto sem medo. Boa leitura!

Por que as urnas eletrônicas foram implementadas?

O que talvez você não saiba é que o Brasil é o quinto maior país em número de eleitores do mundo. Ou seja, o processo de votação antes das urnas eletrônicas era demorado, não apenas para os eleitores conseguirem votar, como para apurar os votos.

Não eram raros os casos de pessoas que passavam horas na fila da sua seção, para no fim não conseguirem votar. Era um processo que não conseguia acompanhar o ritmo eleitoral do país. Absolutamente injusto em muitos casos (imagine idosos tendo que esperar horas e horas na fila). Sem contar que o resultado levava dias e mais dias para ser revelado.

Qual é a vantagem das urnas eletrônicas?

Com a implementação das urnas eletrônicas, que começaram a aparecer em 1996 para estarem com a sua aplicação sólida em 2006, o processo eleitoral foi agilizado. Hoje, são raros os casos de seções no qual o eleitor precisa ficar mais do que alguns minutos aguardando.

Além de tudo, a própria natureza das urnas eletrônicas, falando da maneira como a sua tecnologia foi desenvolvida, garante a total segurança na eleição.

Para ter uma ideia, o processo eleitoral feito por urnas eletrônicas é tão confiável que mais de 30 países também adotaram o sistema. Entre eles países como Canadá, Japão e Austrália.

Como posso saber que a urna eletrônica é segura? Quem garante a segurança nas eleições?

As informações soltas e desconexas na internet acabam causando o medo nas pessoas, o que é absolutamente normal. De todo modo, existe uma série de fatores que garantem a segurança nas eleições e a confiabilidade das urnas eletrônicas. Vamos analisar:

Cerimônia de Votação Paralela

Esse é um mecanismo pouco conhecido pelo eleitor e que serve para garantir a segurança nas eleições. Ele funciona da seguinte maneira: nas vésperas da votação, urnas que já estavam instaladas e esperando pelos eleitores são sorteadas e substituídas por outras.

Essas urnas separadas são implantadas em um local escolhido pelo TSE, lá cada voto será analisado em separado das demais urnas (os votos são codificados, para que o direito ao voto secreto não seja infligido).

O objetivo dessa prática é certificar-se de que a urna esteja computando corretamente cada voto. Como as urnas são sorteadas e a população tem acesso a todo o processo, é impossível para qualquer órgão “preparar” a urna com antecedência.

Boletim da urna

Esse é o mecanismo mais conhecido e utilizado. Praticamente todos os partidos políticos conferem o boletim da urna ao final do período eleitoral. Funciona de uma maneira extremamente simples:

No final do dia da votação a urna eletrônica gera um boletim de apuração para pesquisa pública, ou seja, todos podem ver essa informação. Esse boletim pode ser utilizado para ser comparado com o boletim que será gerado pelo TSE na internet.

Comparando as duas informações, o papel gerado pela urna e a publicação no site do TSE, o eleitor poderá analisar se todos os votos foram corretamente computados.

Alguém pode invadir as urnas? Alguém pode hackear elas?

Não. É importante deixar claro que as urnas eletrônicas não estão conectadas a um serviço de internet. Cada urna é uma célula eleitoral em si mesma. Desse modo, é impossível invadir uma urna, já que ela não está recebendo ou enviando informações em tempo real.

No final do dia de votação, a urna é ligada a um sistema que recebe as informações contidas nela. Acontece que esse sistema é desenvolvido com o que existe de mais moderno em termos de criptografia e proteção das informações.

Seu software, baseado em Linux, é absolutamente inviolável. Um sistema comparável, e ainda mais confiável, ao sistema dos melhores bancos.

O erro de transformar a tecnologia em inimiga

Mudanças causam assombro. Talvez as pessoas que já tenham participado de eleições em tempos da cédula sintam saudade desse tempo. Ou os eleitores mais jovens, frustrados com algum resultado, fiquem inseguros sobre o processo eleitoral.

Mesmo assim, é importante frisar que todos os mecanismos de segurança e proteção das eleições está presente no processo eleitoral Brasileiro. Não apenas o TSE cuida da segurança nas eleições, mas também a OAB e o Ministério Público.

As urnas eletrônicas brasileiras foram elogiadas pelo Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral (IDEA Internacional, com sede na Suécia).

Existe a desconfiança, e nós não vamos negar que ela exista. Contudo, o melhor modo de derrubar essa barreira é por meio das informações. Para dar um exemplo final, os Bancos Eletrônicos são outra grande vítima desse medo, mesmo que eles sejam tão confiáveis quanto uma agência bancária comum. Qual é a solução? Informar-se, sempre.

Esperamos que esse artigo simples e direto possa ter sanado dúvidas e informado sobre a segurança nas eleições.

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